segunda-feira, 16 de junho de 2008

Comentários sobre a situação econômica e financeira da USIMINAS

ANALISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
EMPRESA: USIMINAS S.A
TIPO DE ANALISE: ANALISE POR QUOCIENTE


Aspectos Gerais:

É o estudo comparativo entre grupos de elementos das demonstrações financeiras por meio de índices, objetivando o conhecimento da relação entre cada um dos grupos do conjunto.

Os Quocientes de Estrutura de Capitais servem para evidenciar o grau de endividamento da empresa em decorrência das origens dos capitais de investimentos no patrimônio. Eles montaram a proporção existente entre os capitais próprios e os capitais de terceiros, sendo calculados com base em valores extraídos do balanço patrimonial. No balanço patrimonial, o lado do Passivo mostra a origem dos capitais que estão à disposição da empresa, enquanto o lado do Ativo mostra em que esses capitais foram aplicados.

Desenvolvimento

ANALISE VERTICAL

ATIVO

Analisando as datas base de 2005 e 2006 do balanço da Usiminas verificando que as rubricas mais representativas do ativo são aquelas composta no Ativo Circulante (disponibilidades e estoque) e no Ativo Permanente (imobilizado). Anexo 1

PASSIVO

Analisando as datas base de 2005 e 2006 do balanço da Usiminas verificando que as rubricas mais representativas do Passivo são aquelas compostas no Passivo Circulante, Passivo não Circulante (empréstimos a longo prazo) e Patrimônio Liquido. Anexo 2


ANALISE HORIZONTAL

ATIVO

Comparando 2006 e 2005 nota-se que há rubricas (direitos) que variaram mais de 30% de um exercício para outro, como por exemplo, as disponibilidades, os depósitos judiciais, ações em outras companhias e o investimento. Anexo 1

PASSIVO

Comparando 2005 para 2006 nota-se também que há rubricas (obrigações) que diminuíram mais do que 30% de um exercício para outro, como por exemplo, Empréstimos a curto prazo e tributos de forma geral. Anexo 2

DRE

Analisando as contas de resultado concluímos através da analise horizontal, vide anexo 3, que houve aumentos de varias receitas e diminuição dos custos em geral da empresa.




















Liquidez Geral

Houve uma melhora na liquidez geral comparando 2005 a 2006, em 2006 a empresa conseguia arcar com seus compromissos junto a terceiros (dívidas) com seu ativo circulante, para cada um real devido ela tem praticamente um real para cobri. Ratificando que a empresa tem a política de aplicar seus recursos no ativo permanente, principalmente investindo em coligadas e controladas, cabe ressaltar que este indicador ainda não esta satisfatório, onde em 2005 a empresa não tinha ativo circulante suficiente para cobri seu passivo de curto e longo prazo.
Analisando a liquidez corrente nota-se que há um aumento deste indicador, demonstrando para cada real devido à empresa tem duas vezes mais para pagar a divida, isso decorre principalmente do aumento das disponibilidades da empresa.
Consideramos o indicador da liquidez seca satisfatório, visto que este exclui do cálculo o Estoque, que naturalmente é difícil sua realização, ou seja, de fazer dinheiro rapidamente, não obstante da analise se compararmos os índices de liquidez corrente e de liquidez seca verá que a empresa tem capital circulante liquido para cobrir o passivo circulante.



























Passivo












































Indicações de livros sobre o tema

Questões sobre Análise de Balanços

1) O que é analise de balanços?

É a análise cujo objetivo é oferecer um diagnostico sobre a situação econômica e financeira da organização, utilizando-se dos relatórios gerando pela contabilidade financeira (Balanço Patrimonial, Demonstração do resultado, etc...) e de outras informações necessárias a analise, relacionando-se prioritariamente a utilização por parte de terceiros.

2) Qual a diferença entre dado e informação?

Dado: Qualquer elemento identificado em sua forma bruta que por si só não conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação, constituindo um insumo de um sistema de informação.

Informação: Resultado do processamento do conjunto de dados apresentado a quem de direito, na forma, tempo e meio adequados, que permite conhecer uma avaliação ou fato, contribuindo para a tomada de decisão.

3) Qual o papel do parecer da auditoria?

Expressa opinião sobre as demonstrações contábeis e respectivas notas explicativas do exercício findo do último dia do ano, inclusive quanto à adequação normas contábeis emanadas do conselho monetário nacional e do Banco Central do Brasil.
4) Que relação pode se estabelecer entre a contabilidade e análise de balanço?

A contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro da empresa. A análise de balanço utiliza essas informações para verificar a real situação financeira e econômica da empresa, analisando as variações ocorridas nos grupos de conta que integram o ativo o passivo e o patrimônio liquido. Para o contador as preocupações básicas são os registros das operações, quais os custos que comporão o custo de aquisição, a taxa de depreciação, qual será sua classificação no balanço e sua atualização monetária. O analista de balanço preocupa-se com as demonstrações financeiras que, por sua vez, precisam ser transformadas em informações que permitam concluir se a empresa merece ou não crédito, se vem sendo bem ou mal administrada, se tem ou não condições de pagar suas dívidas, se são ou não lucrativa, se vem evoluindo ou regredindo, se é eficiente ou ineficiente, se irá falir ou se continuará operando.

5) Relacione os principais usuários da analise de balanço.

Os principais usuários são Fornecedores (conhecer a capacidade de pagamento de seus clientes, liquidez), Clientes (o comprador analisa a situação do fornecedor), Bancos Comercias (situação atual e futura do cliente grau de endividamento), Banco de Investimentos (investimento de longo prazo, lucratividade),Corretoras de valores e Público Investidor (Rentabilidade), Concorrentes (fator de sucesso ou de fracasso da empresa no mercado), Dirigentes (instrumento para tomada de decisão, formulação de estratégia, Governo (concorrência desempenho setorial).
6) Quais as etapas básicas do processo da analise de balanço?

O processo de análise das demonstrações contábeis pode ser realizado de diversas formas: análise propriamente dita, análise por quocientes, análise vertical, análise horizontal ou comparação com padrões (setoriais, por exemplo). De toda forma, a análise reveste-se de aspectos estáticos e dinâmicos e nenhum índice deve ser considerado isoladamente.
7) O que é padronização? Qual a finalidade?

Conjunto de atividades sistemáticas para estabelecer e utilizar padrões, avaliar seu cumprimento e resultados decorrentes de sua aplicação.
8) As notas explicativas são importantes para a analise de balanço? Por que?

As notas explicativas são importantes para a análise de balanço, pois são dados e informações que complementam as demonstrações financeiras; taxas de juros, vencimentos e garantias de obrigações, critérios contábeis (avaliação de estoques, depreciações, provisões) Garantias prestadas a terceiros, espécies de ações do capital social, eventos relevante subseqüentes à data do balanço. Auxiliam a fazer avaliação mais ampla da empresa.
9) O que são índices padrão?


10) Hoje em dia, uma analise de balanço deve ser vista de maneira sistêmica considerando todos os elementos do ambiente, formais e informais. Assim, além dos demonstrativos financeiros, o que mais deve ser levado em conta para se obter um completo diagnostico sobre uma empresa?

11) O que mostra a analise vertical?

Análise vertical é feita extraindo-se relações percentuais entre itens pertencentes a uma mesma Demonstração Financeira.A finalidade desta analise é dar uma idéia de representatividade de um determinado item ou subgrupo de uma demonstração contábil em relação ao um total ou subtotal tomado como base. Tem uma aplicação bem prática, quando se verifica a relação dos diversos grupos de despesas com as receitas. A análise vertical é feita para um único ano, de cima para baixo ou seja, verticalmente.


12) O que mostra a análise horizontal?

Após a padronização das demonstrações, a análise horizontal é feita estabelecendo o ano inicial da série analisada como índice de base 100, expressando os valores dos anos seguintes em relação ao ano base. Na análise horizontal estamos comparando valores ou índices de dois ou mais anos. As Demonstrações são dispostas uma ao lado da outra comparando as variações de um ano em ralação ao outro, as demonstrações são distintas e a leitura é feita horizontalmente. Verifica-se acréscimo ou decréscimo das contas de um ano para outro, constatando-se uma tendência de aumento ou redução dos elementos patrimoniais e de resultado.

13) O que mostra a análise por quocientes?

A análise de quocientes ou índices das Demonstrações Contábeis relaciona os itens e grupos do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado. Por esta são relacionados grupos de contas do ativo com o passivo, resultados do período são relacionados com grupos do ativo e do passivo para uma leitura conjunta das demonstrações financeira.
14)

15) Diferencie: Capital Próprio, Capital de Terceiros, Capital Circulante Líquido e Capital Social.

Capital de Terceiros: Representam recursos originários de terceiros utilizados para a aquisição de ativos de propriedade da entidade. Corresponde ao passivo exigível.
Capital Próprio: São os recursos originários dos sócios ou acionistas da entidade ou decorrentes de suas operações sociais. Corresponde ao patrimônio líquido.
Capital Social: É o valor previsto em contrato ou estatuto, que forma a participação (em dinheiro, bens ou direitos) dos sócios ou acionistas na empresa.
Capital Circulante Líquido: É o quanto a empresa realmente tem de dinheiro disponível a curto prazo. Assim, se subtrai do ativo circulante ( as entradas da empresa, como o que tem disponível no caixa e no banco, além de materiais) o passivo circulante ( as dívidas que a empresa tem no período, como fornecedores, impostos, etc.). A fórmula é então:CCL= Ativo Circulante- Passivo Circulante

16) O que são as reservas de lucros? Quando devem ser constituídas? Qual a sua finalidade?

São contas de reserva constituídas pela apropriação de lucros da companhia. Representam lucros reservados e constituem garantia e segurança adicional para a saúde financeira da companhia, porque são lucros contabilmente realizados, que ainda não foram distribuídos aos sócios ou acionistas. Conforme a Lei das Sociedades por Ações, podemos ter as seguintes Reservas de Lucros:
Reserva Legal - Estabelecida para dar proteção ao credor. Pode ser utilizada apenas para compensar prejuízos e incrementar o capital social. É a única OBRIGATÓRIA.
Reserva Estatutária - Instituída por determinação do estatuto da companhia. Sua finalidade e seus critérios devem sem plenamente definidos.
Reserva para Contingências - É constituída por uma parcela de lucros, com o intuito de amenizar prováveis perdas que venham prejudicar o resultado de exercícios futuros.
Reserva de Retenção de Lucros - A empresa poderá reter parte do LLE para constituí-la com o objetivo de expandir os negócios, criando filiais ou investir em novas empresas.
Reserva de incentivos Fiscais - A empresa poderá constituir RIF quando do recebimento de doações e subvenções governamentais para investimentos.
Reserva de Lucros a Realizar - constitui-se RLR quando o Dividendo Obrigatório ultrapassar o valor do LLE realizado financeiramente.

17) Qual a diferença entre Lucro Operacional e Lucro Líquido?

Lucro operacional é todo resultado que direta ou indiretamente está relacionado com a atividade da empresa. O lucro operacional é dado com base na operação algébrica: Lucro Bruto - Deduções – Custo de Vendas - Despesas Operacionais = Lucro Operacional.
Lucro Líquido é a sobra líquida á disposição dos proprietários da empresa. Os proprietários decidem a parcela do lucro que ficará retida na empresa e a parte que será distribuída aos donos do capital (dividendos). A distribuição do lucro será evidenciada na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.

18) Quais são os objetivos da análise empresarial?
Avaliar a capacidade de amortização de empréstimos e a situação financeira da empresa a curto e a longo prazo.
Avaliar investimentos nogociáveis em bolsa de valores e a rentabilidade do capital investido.
Analisar a situação patrimonial, econômica e financeira da empresa para a orientação dos acionistas e administradores.

19) Cite 5 indicadores de análise financeira.

· Capital de Terceiros/Capital Próprio = (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) / Patrimônio Líquido
· Composição do Endividamento = Passivo Circulante / (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo)
· Endividamento Geral = (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) / Ativo Total
· Imobilização do Capital Próprio = Ativo Permanente / Patrimônio Líquido
· Imobilização dos Recursos Permanentes = Ativo Permanente / (Exigível a Longo Prazo + Patrimônio Líquido)

20) Cite 5 indicadores de análise econômica.

Lucratividade = Margem de lucro
Retorno do ativo = (Rentabilidade) compara lucro com ativo
Taxa de retorno do PL = quanto tempo a empresa consegue recuperar o capital investido
Análise da DRE Despesa mais relevante mais alta
Análise Du Pont = margem de giro

21) Qual o produto final da Análise de Balanços?

Análise de Balanço, é um dos principais instrumentos de análise de investimentos, administração financeira e controladoria para compreender o desempenho econômico-financeiro de uma empresa e sua situação patrimonial. A análise de balanço permite tirar conclusões sobre os problemas de liquidez da empresa (incapacidade de satisfação atempada dos seus compromissos financeiros), bem como sobre o grau de endividamento de uma empresa. Uma empresa muito endividada pode ter dificuldades em conseguir fundos para financiar os seus projetos, estar na iminência de se endividar ou até mesmo falir.

22) Comente: “Análise de Balanços versus Contabilidade Criativa”.

Contabilidade Criativa é uma manipulação da realidade patrimonial da entidade, onde os gestores utilizando-se das flexibilidades e omissões existentes nas normas contábeis alteram propositalmente o processo de elaboração das demonstrações contábeis. Alterando significativamente a verdadeira situação patrimonial da entidade. Aproveitando-se das flexibilidades existentes nas normas contábeis, a utilização da contabilidade criativa acarreta distorções relevantes nos demonstrativos contábeis. O que deveria ser um processo neutro, o de reportar as informações contábeis, está sujeito a alterações. Prova disso foram os casos da Enron e Parmalat onde, pela utilização de práticas criativas em seus demonstrativos contábeis, as empresas acarretaram aos usuários e a sociedade prejuízos de um modo geral. O que não se pode definir até o momento é se, a prática de contabilidade criativa é uma fraude contábil, pois ela está focada principalmente nas flexibilidades presentes nas normativas contábeis. Incompleta

23) Quais empresas são obrigadas a fazer a Análise de Balanços anual?

As empresas são obrigadas pela Lei nº.2.627 de 1940 a apurar os resultados
operacionais de suas atividades a cada ano civil e tal apuração são feitos por meio do Balanço Patrimonial. Nestes termos, o Balanço é classificado como uma Demonstração Financeira obrigatória, utilizada tanto para medir o desempenho organizacional como para auditorias externas de órgãos públicos.
.”Art. 10. Todos os comerciantes são obrigados: (4o) a formar anualmente um balanço geral do seu ativo e passivo, o qual deverá compreender todos os bens de raiz, móveis e semoventes, mercadorias, dinheiros, papéis de crédito, e outra qualquer espécie de valores, e bem assim todas as dívidas e obrigações passivas e será datado e assinado pelo comerciante a quem pertencer."

24) No que consiste a padronização das demonstrações financeiras?

Consiste em realizar uma crítica às contas das demonstrações financeiras, bem como transcrevê-las para um modelo previamente definido.

25) Quais os dois principais demonstrativos contábeis?

Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultado de Exercício.

26) Quanto vale o Capital Humano de uma empresa?

O Capital humano da empresa ou seja o capital intelectual pode ser encontrado em cada inovação ou estratégia de negócio . Ele transforma habilidades e conhecimento em valor e riquezas para a companhia. O capital intelectual é formado basicamente por três blocos: - Capital organizacional (tudo o que fica na empresa após o encerramento do expediente, como imóveis e equipamentos) - Capital de clientes (o que alimenta o caixa e sustenta a existência da empresa) - Capital humano (pessoas que dão vida ao capital organizacional, que dialogam, atendem e conquistam os clientes, que usam e aplicam recursos, tecnologia e fazem as coisas acontecerem conectando software, hardware, produzindo produtos, serviços e qualidade) Sem o capital humano, o capital organizacional e o de clientes ficam paralisados. Não servem para nada. O capital humano é a alma e o coração da empresa. É nele que se concentram os maiores desafios de gestão. São as pessoas (capital humano) que transformarão a visão e a estratégia da empresa em resultados, em crescimento ao longo dos anos.

27) O que é o Balanço Social?

É um demonstrativo publicado anualmente pela empresa reunindo um conjunto de informações sobre os projetos, benefícios e ações sociais dirigidas aos empregados, investidores, analistas de mercado, acionistas e à comunidade. É um instrumento estratégico para avaliar e multiplicar o exercício da responsabilidade social corporativa. No balanço social a empresa mostra o que faz por seus profissionais, dependentes, colaboradores e comunidade, dando transparência às atividades que buscam melhorar a qualidade de vida para todos. Ou seja, sua função principal é tornar pública a responsabilidade social empresarial, construindo maiores vínculos entre a empresa, a sociedade e o meio ambiente.

28) Qual a diferença entre Auditoria e Análise de Balanços?

A Auditoria enfoca um planejamento estratégico em seus trabalhos, atuando nos ambientes de riscos e identificando os riscos potenciais da empresa, que, se não administrados eficientemente, podem vir a comprometer sua continuidade. Auditoria concentra seus esforços para avaliar está sendo administrando a empresa, como está o desempenho frente aos indicadores-chave das empresas do setor, encontrando os pontos fracos e apresentando soluções eficientes para melhorá-los. Enquanto a análise de balanço compreende o desempenho econômico -financeiro de uma empresa e sua situação patrimonial. É um dos principais instrumentos de análise de investimentos, administração financeira e controladoria. A análise de balanço permite tirar conclusões sobre os problemas de liquidez da empresa , bem como sobre o grau de endividamento dela.

29) Quais as 4 técnicas que a contabilidade utiliza para alcançar seus fins?

Auditoria, Escrituração, Análise de balanços e Demonstrações.

30) O que é contabilidade gerencial?
Contabilidade Gerencial é a utilização dos registros e controles contábeis com o objetivo de gerir uma entidade, não inventando dados, apenas lastreia-se na escrituração regular dos documentos, contas e outros fatos que influenciam o patrimônio empresarial.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

LINKS

Sites:
WWW.cfc.org.br
WWW.ufmg.br/face
WWW.google.com.br/estruturademonstracoes contábeis
WWW.cvm.gov.br
WWW.cosif.com.br
http://www.cpc.org.br/noticias
http://www.joaocarlosamaral.com.br

Artigo 06 Indicadores Financeiros

INDICADORES FINANCEIROS X INDICADORES NÃO FINANCEIROS SUA IMPORTÂNCIA PARA TOMADA DE DECISÃO
Introdução

A liquidez de uma companhia é um assunto que mexe com os administradores financeiros. É por meio de uma adequada administração da liquidez que a entidade consegue saldar suas dívidas no curto prazo, porém, sem deixar de lado um bom lucro.

Quando se trata da análise de liquidez, um tema de grande valor é o capital de giro, que mostra, de maneira restrita, os recursos investidos no ativo circulante. Uma visão ampla trabalha com o conceito de capital de giro líquido, representado pela diferença entre ativo circulante e passivo circulante (AC-PC). Há também outros enfoques, tais como a análise dinâmica do capital de giro.

O investidor está enfiado neste todo, pois possui recursos aplicados ou pretende investi-los nas empresas. Desse jeito, espera obter um retorno maior do que receberia em outro tipo de investimentos.


Indicadores Financeiros são:

Liquidez Imediata = Disponibilidade / Passivo circulante
Expressa a fração de reais que a empresa dispõe de imediato para saldar cada R$ 1,00 de
suas dívidas. Tendência desejável = Ascendência

Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante
Para cada R$ 1,00 de dívida a curto prazo a empresa dispõe do resultado da equação
acima em reais para quitar. Tendência desejável = Ascendência

Liquidez Seca = (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo Circulante
Mostra a capacidade de liquidação das obrigações sem lançar mão dos estoques.
Tendência Desejável = Ascendência

Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) / (Passivo
Circulante + Exigível a Longo Prazo)
Revela quanto a empresa possui em caixa e a realizar para quitar suas dívidas com
terceiros. Tendência desejável = Ascendência.

Capital Circulante Líquido (CCL). Em resumo, o CCL representa a folga financeira da empresa.

A definição da lei 6.404/76 é utilizada como referência. Segundo esta legislação, o conceito de CCL é: ativo circulante menos passivo circulante.

Existe outros indicadores financeiros utilizados pelas empresas para uma boa tomada de decisão, podemos citar exemplo do que diz Iudicibus (1998, pag 130):

A utilização de quociente é o instrumental mais tradicional e mais importante para uma análise completa de balanços, mas de forma alguma é o único. O analista tem de extrair o máximo das demonstrações contábeis publicada, se for externo à empresa, e colher o máximo de informações adicionais, se tiver acesso às mesmas.

A utilização inteligente das Demonstrações de Origens e Aplicações de Recursos, numa análise retrospectiva (do passado), mas também preditiva (em caráter previsional), pode dar muitas indicações inteligentes sobre com a entidade auferiu seus recursos de capital de giro líquido e como os aplicou.

...

Outro indicador a ser observado é a capacidade de a entidade gerar recursos financeiros (caixa) para saldar seus compromissos. Esse indicador é de especial importância para análise de Crédito. Para o analista externo não restam muitas alternativas a não ser derivar esta capacidade da própria Demonstração de Resultado em conjugação com balanço iniciais e finais e da própria Demonstração de Fontes e Uso de Recursos.

...

Outro indicador de muito interesse, aliás muito pesquisado atualmente nos EUA, é o retorno do investimento em termo de caixa. Seria, a rigor, definido como:


RIC =
Valor Presente do Fluxo de Caixa
Futuros gerados pelos ativos
Valor do custo corrente dos ativos geradores
De fluxo de caixa



Podemos concluir que a análise dos indicadores financeiros e não financeiros é primordial para avaliar a situação econômica, financeira, patrimonial, administrativa e relacionamento humano, no intuito de uma boa tomada de decisão por parte dos diretores da entidade, verificando assim o desempenho passado e fazer projeções acertadas para o futuro da companhia.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Artigos/ Notícias 04

ÍNDICES PARA ANÁLISE DE BALANÇO
1 – ÍNDICES DE LIQUIDEZ
Liquidez Imediata = Disponibilidade / Passivo circulante
Expressa a fração de reais que a empresa dispõe de imediato para saldar cada R$ 1,00 de
suas dívidas. Tendência desejável = Ascendência
Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante
Para cada R$ 1,00 de dívida a curto prazo a empresa dispõe do resultado da equação
acima em reais para quitar. Tendência desejável = Ascendência
Liquidez Seca = (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo Circulante
Mostra a capacidade de liquidação das obrigações sem lançar mão dos estoques.
Tendência Desejável = Ascendência
Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) / (Passivo
Circulante + Exigível a Longo Prazo)
Revela quanto a empresa possui em caixa e a realizar para quitar suas dívidas com
terceiros. Tendência desejável = Ascendência
2 – ÍNDICES DE ROTATIVIDADE
Rotação do Ativo = Ativo Total / Vendas Mensais
Expressa o número de meses de vendas que seria necessário para cobrir o patrimônio
global da empresa. Tendência desejável = quanto menor, melhor. Para melhor análise
deste índice, aconselhamos uma análise detalhada da rotação dos elementos do ativo. A
finalidade é verificar qual o ativo específico cujo giro por demais lento está contribuindo
para o giro lento do ativo total. Muitas vezes, a culpa reside no estoque e nos valores a
receber: aqueles por causa da superestocagem na espera, de acréscimo nos preços de
compra; estes, usualmente como conseqüência de uma inadequada política de crédito e
cobranças.
Rotação dos Estoques = Estoques / Custos dos Produtos Vendidos
Mostra quantos meses o estoque demora para ser vendido.
Tendência normal = estabilidade.
Rotação do Patrimônio = Patrimônio Líquido / Vendas Mensais
Expressa a quantidade de meses de vendas que seria necessário para cobrir o total dos
recursos próprios investidos na empresa. A redução sucessiva deste índice, numa série
desejável até certo ponto, significaria que a empresa está se apossando de uma fatia
maior do mercado, cujo atendimento, mais cedo ou mais tarde, necessitará aumentar seu
patrimônio líquido em termos contábeis. É um sintoma de crescimento altamente

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Balanço Usiminas
































































































































































































































































































































































































































































Glossário

ATIVO – AS CONTAS QUE REPRESENTAM OS BENS E OS DIREITOS.

PASSIVO – AS CONTAS QUE REPRESENTAM AS OBRIGAÇÕES.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO – É UM RELATÓRIO CONTÁBIL QUE EVIDENCIA A SITUAÇÃO ECONÔMICA DA ENTIDADE.

PATRIMÔNIO LIQUIDO – NESTE GRUPO REPRESENTA A OBRIGAÇÃO DA EMPRESA COM OS SÓCIOS OU ACIONISTAS.

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS – É UM RELATÓRIO CONTÁBIL DESTINADO A EVIDENCIAR, NUM DETERMINADO PERÍODO, AS MODIFICAÇÕES QUE DERAM ORIGEM ÀS VARIAÇÕES NO CAPITAL CIRCULANTE LIQUIDO DA ENTIDADE.

ANALISE VERTICAL – TAMBÉM DENOMINADA POR ALGUNS ANALISTAS DE ANÁLISE POR COEFICIENTES, É AQUELA ATRAVÉS DA QUAL SE COMPARA CADA UM DOS ELEMENTOS DO CONJUNTO EM RELAÇÃO AO TOTAL DO CONJUNTO. ELA EVIDENCIA A PORCENTAGEM DE PARTICIPAÇÃO DE CADA ELEMENTO NO CONJUNTO.

ANALISE HORIZONTAL – TAMBÉM DENOMINADA POR ALGUNS ANALISTAS DE ANÁLISE POR MEIO DE NÚMEROS - ÍNDICES TEM POR FINALIDADE EVIDENCIAR A
EVOLUÇÃO DOS ITENS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS AO LONGO DOS ANOS.
CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO- É A DIFERENÇA ENTRE O ATIVO CIRCULANTE E O PASSIVO CIRCULANTE.

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA – EVIDENCIA O MOVIMENTO DE CAIXA DA EMPRESA E SERVE PARA MOSTRAR O RESULTADO FINANCEIRO DE CURTO PRAZO.

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS – EVIDENCIA A VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO E SERVE PARA MOSTRAR O RESULTADO FINANCEIRO DE MÉDIO E LONGO PRAZO.

Artigos/ Notícias 03

A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇOES CONTÁBEIS – CASO DA EMPRESA GERDAU S/A
AUTOR: VALDÉRIO FREIRE DE MORAES JÚNIOR
RESUMO: A análise das demonstrações contábeis visa obter informações financeiras e econômicas, tendo como objetivo a tomada de decisão dentro de uma organização. Através das principais demonstrações, como o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício extraem-se índices de três períodos para observar a situação de solvência da empresa Gerdau S/A, uma companhia de capital aberto. A metodologia aplicada foi através de um estudo teórico-empírico, fundamentando-se em uma pesquisa bibliográfica e documental sobre a importância da análise de balanços. Por sua vez, o resultado encontrado é de uma avaliação constituída de análises específicas, demonstrando a situação financeira, econômica e administrativa da empresa Gerdau S/A, tendo como referência comparativa os exercícios de 2001 a 2003, para se encontrar, com base em dados matemáticos, uma empresa solvente. Enfim, a utilização de quocientes é o instrumento mais tradicional e também importante para se ter uma análise como um todo de balanços, todavia não sendo a única, mas talvez a mais importante forma de se analisar.
Palavras-chave: análise, tomada de decisão, solvente.
1. INTRODUÇÃO
1.1. JUSTIFICATIVA
A análise das demonstrações contábeis faz com que a contabilidade venha a ter um teor mais analítico, tendo como se obter conclusões econômicas e financeiras de uma empresa, através dessa análise. Segundo Matarazzo (2003, p. 39), "a análise das demonstrações visa extrair informações para a tomada de decisão. O perfeito conhecimento do significado de cada conta facilita a busca de informações precisas".
Dessa forma, o conteúdo e a forma de apresentação das demonstrações atendem às necessidades da análise das demonstrações contábeis, que são apuradas nas empresas. São sinônimas as expressões: análise de balanços, análise das demonstrações/demonstrativos contábeis, relatórios financeiros.
Segundo Assaf Neto (2002, p. 48):
A análise de balanços visa relatar, com base nas informações contábeis fornecidas pelas empresas, a posição econômico-financeira atual, as causas que determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras. Em outras palavras, pela análise de balanços extraem-se
informações sobre a posição passada, presente e futura (projetada) de uma empresa.
Assim sendo, tem-se que a análise é um elemento de utilidade nas transações que a empresa for fazer como: as operações a prazo de compra e venda de mercadorias; quando for avaliar a eficiência administrativa, por exemplo, a comparação com concorrentes e, por fim, avaliar a situação econômico-financeira.
Todas as demonstrações podem ser analisadas, entre as principais destacam-se: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos, Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (ou mutações do Patrimônio Líquido), Demonstração do Fluxo de Caixa e Demonstração do Valor Adicionado.
O Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício são as principais demonstrações e são elas que serão destacadas nessa pesquisa pela forma que as mesmas são evidenciadas. A primeira demonstração é observada em um aspecto mais econômico, diferentemente da segunda que transparece a situação financeira.
Segundo Marion (2002, p. 22):
Para ser feita a análise, deve averiguar se tem a posse de todas as Demonstrações Contábeis (inclusive Notas Explicativas). Também seria desejável ter em mão as Demonstrações Contábeis de três períodos. Com as publicações em colunas comparativas, tem-se de posse de uma única publicação, dois períodos: exercício atual e exercício anterior.
Por fim, o problema dessa pesquisa será analisar uma empresa de capital aberto, tendo como base três períodos. Trata-se de uma empresa que apresenta credibilidade perante o mercado, influenciando na margem de confiabilidade para o analista contábil.
1.2 OBJETIVO GERAL
O presente estudo tem a finalidade de mostrar a análise das demonstrações contábeis de 2001 a 2003, de uma empresa de capital aberto: Gerdau S/A..
1.2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Para atender o objetivo final, pretende-se atingir as seguintes metas:
• Conceituar análise das demonstrações contábeis;
• Descrever a estrutura das demonstrações estudadas;
• Apresentar a empresa de capital aberta que será estudada;
• Através de um estudo de caso, verificar a importância da análise das demonstrações contábeis nos exercícios de 2001 a 2003.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A análise de balanços é de suma importância para uma empresa que pretende se evoluir, pois através dela pode-se obter informações importantes sobre sua posição econômica e financeira. São os analistas que tiram conclusões através de dados relevantes como se a empresa analisada em um determinado momento merece crédito ou não, se a mesma tem capacidade de pagar suas obrigações, se vem sendo bem administrada, se sua atividade operacional oferece uma rentabilidade que satisfaz as expectativas dos proprietários de capital e se irá falir ou se continuará operando, entre outros fatores.
Segundo Assaf Neto (2002, p. 48)
Em verdade, a preocupação do analista centra-se nas demonstrações contábeis da sociedade, das quais extrai suas conclusões a respeito de sua situação econômico-financeira, e toma (ou influencia) decisões com relação a conceder ou não crédito, investir em seu capital acionário, alterar determinada política financeira, avaliar se a empresa está sendo bem administrada, identificar sua capacidade de solvência (estimar se irá falir ou não), avaliar se é uma empresa lucrativa e se tem condições de saldar suas dívidas com recursos gerados internamente etc.
Assim sendo, dois fatores são importantes à análise de balanços: a qualidade das informações e o volume de informações disponibilizadas a quem for analisar. Os
relatórios contábeis, segundo Assaf Neto (2002, p. 49), distinguem-se em obrigatórios e não obrigatórios:
a) os relatórios obrigatórios são aqueles definidos pela legislação societária, sendo mais conhecidos por demonstrações contábeis ou financeiras, como o Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, e
b) Os relatórios não obrigatórios não fazem parte da estrutura básica das demonstrações contábeis que devem ser elaboradas para efeitos de divulgação, sendo normalmente destinados ao uso gerencial interno, como fluxos de caixa e projeções de vendas.
A linguagem utilizada pela análise de balanços deve ser a corrente, sem fatores que compliquem os usuários dos relatórios contábeis. Quando for possível, pode-se usar de tabelas ou gráficos para auxiliar na interpretação, facilitando, assim, o entendimento de quem dela faça uso. Segundo Matarazzo (2003, p. 17):
Ao contrario das demonstrações financeiras, os relatórios de análise devem ser elaborados como se fossem dirigidos a leigos, ainda que não o sejam, isto é, sua linguagem deve ser inteligível por qualquer mediano dirigente de empresa, gerente de banco ou gerente de crédito. É claro que isto não acontece com as demonstrações financeiras, que, aliás, não têm nenhuma preocupação nesse sentido. As demonstrações financeiras apresentam-se carregadas de termos técnicos e suas notas explicativas são feitas exclusivamente para técnicos, a tal ponto que permitem freqüentemente manipulações. Assim, a análise de balanços deve assumir também o papel de tradução dos elementos contidos nas demonstrações financeiras.
Sendo assim, deve-se observar a metodologia, já que a análise, de certa forma, baseia-se no raciocínio científico, contando também com a sensibilidade e experiência do analista. Segundo Matarazzo (2003, p. 19), o processo de tomada de decisão segue as seguintes etapas:
1ª) A escolha de indicadores que melhor apresente as características de uma determinada empresa;
2ª) Comparação com padrões através da estatística, fazendo comparações com os concorrentes;
3ª) Diagnóstico ou conclusões é uma etapa diferente da comparação com padrões pelo fato de ser analisadas de fato as informações obtidas nas etapas anteriores;
4ª) Decisões a serem tomadas, a partir das conclusões obtidas após os passos anteriores.
Observa-se que, quando não se faz um planejamento adequado para seguir essas etapas, a análise não consegue chegar ao seu real objetivo. Dessa forma, o resultado fica prejudicado e o analista não conseguirá fornecer informações tão precisas como as que ele gostaria de dar, pela falta de dados imprescindíveis à interpretação dos dados.
Para o analista, a interpretação através de índices é a forma mais adequada de se chegar a ter dados concretos da real situação de uma empresa em um momento determinado. As técnicas utilizadas foram aprimoradas com o passar dos anos, principalmente no que se diz respeito à insolvência, fazendo com que, atualmente, os índices tenham um embasamento científico.
Nessa pesquisa, foram utilizadas as principais análises, como, por exemplo:
1) Análise financeira – é o estudo da liquidez que expressa a capacidade de pagamento que há na empresa, ou seja, suas condições financeiras de cumprir no vencimento todas obrigações assumidas. Vê-se, ainda, o equilíbrio financeiro e sua necessidade de investimento em capital de giro.
2) Análise econômica – é uma avaliação da rentabilidade e lucratividade do desempenho da empresa, observando o retorno sobre os investimentos realizados e a lucratividade apresentada pelas vendas.
3) Análise administrativa – é feita através do cálculo dos índices de rotação ou prazo médios (recebimento, pagamento e estocagem), tendo como intuito avaliar a capacidade da administração do capital de giro pela empresa.
Diante das circunstâncias expostas, as informações extraídas da análise servem para atender os interesses de vários usuários ou pessoas físicas ou jurídicas que tenham algum tipo de vínculo com a empresa interessada.
3. METODOLOGIA
A metodologia a ser usada nesse trabalho estará em concordância com o escopo de estudo, através dos meios mais adequados no intuito de ser atingido o objetivo, seguindo um conjunto de etapas planejadas previamente.
Conforme Cervo e Bervian ( 1983, p.23), "em seu sentido mais geral, o método é a ordem que deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um fim dado ou um resultado desejado".
Já consoante Salomon (1999, p. 152), "o termo pesquisa será genericamente assumido como trabalho empreendido metodologicamente, quando surge um problema, para qual se procura a solução adequada dessa natureza científica".
Assim sendo, essa pesquisa será feita através estudo teórico-empírico que terá como ponto de partida uma pesquisa bibliográfica e documental sobre a importância da análise de balanços, baseado em livros especializados nessa área e sites da internet. Já o tipo de pesquisa é o quantitativo, através de dados coletados da empresa Gerdau S/A no período de 2001 a 2003.
4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
O objetivo desta análise é demonstrar a situação da empresa Gerdau S/A no seu contexto operacional. A avaliação é constituída de análises específicas, demonstrando a situação financeira, econômica e administrativa da empresa, tendo como referência comparativa entre os exercícios de 2001 a 2003 (anexo 1).
Na Análise Financeira é observada a capacidade de liquidez da empresa do período. São analisadas as condições da empresa em saldar seus compromissos financeiros.
Na Análise Econômica são realizados estudos de parâmetros financeiros em função de sua lucratividade. Esta demonstra o empenho operacional da empresa durante o período, correspondente aos lucros auferidos.
Na Análise Administrativa é observada a performance operacional da empresa durante sua gestão no período. São analisados parâmetros que envolvem a circulação do Estoque, Pagamentos e Recebimentos.
1) ANÁLISE FINANCEIRA:
a) Liquidez Corrente – relação entre Ativo Circulante e Passivo Circulante.
LC = AC/PC
LC = 1,23 (2003) 0,99 (2002) 1,03 (2001)
b) Liquidez Seca – indica percentual de dívidas de curto prazo
LS = (Ac – Estoques)/Pc
LS = 0,70 (2003) 0,58 (2002) 0,64 (2001)
c) Liquidez Geral – detecta condições financeiras a longo prazo
LG = (Ac + Rlp)/(Pc + Elp)
Sendo:
Rlp – Realizável a Longo Prazo
Elp – Exigível a Longo Prazo
LG = 0,68 (2003) 0,59(2002) 0,62 (2001)
d) Liquidez Imediata – indica percentual de dívidas de curto curto prazo, que poderá ser resgatado mediante o disponível.
LI = Disponibilidades/Passivo Circulante
LI = 0,03 (2003) 0,01(2002) 0,002 (2003)
Comentário:
Os índices de liquidez demonstram que a empresa apresenta uma situação financeira razoável, tanto a curto quanto a longo prazo.
2) ANÁLISE ECONÔMICA:
a) Giro do Ativo – indica a produtividade financeira do capital investido.
GA = Receita Operacional Liquida/ Ativo Médio
GA = 2.5 (2003) 1,7 (2002) 1,75 (2001)
b) Rentabilidade do Ativo – indica a rentabilidade líquida do ativo.
RA = Lucro Líquido/Ativo Médio x 100
RA = 21,31% (2003) 14,87 (2002) 13,80 (2001)
c) Participação de Capital de Terceiro – indica o nível de endividamento da empresa em relação ao seu financiamento através de recursos próprios.
PCT = CT/PL X 100
PCT = 345,09 (2003) 439,14 (2002) 363,64 (2001)
d) Composição do Endividamento – representa quanto de obrigações vencem a curto prazo.
CE = PC/CT X 100
CE = 30,48% (2003) 37,26% (2002) 32,30% (2001)
e) Imobilização do Patrimônio Líquido – indica quanto a empresa tem aplicado de capital próprio em bens permanentes.
IPL = AP/PL X 100
IPL = 380,80 (2003) 259,25 (2002) 228,31 (2002)
Comentário:
A empresa apresenta uma situação razoável em relação a rentabilidade do ativo e também na participação do capital de terceiro.
3) ANÁLISE ADMINISTRATIVA
a) INDICADORES DE ATIVIDADE – mensura a duração de um "ciclo operacional" da empresa.
a1) Prazo Médio de Recebimento – indica tempo médio de recebimento.
PMR = Contas a Receber/Receita Operacional. Bruta x 90
PMR = 35 (2003) 44 (2002) 42 (2001)
a2) Prazo Médio de Venda – indica tempo médio de venda
PMV = 31 (2003) 32 (2002) 47 (2001)
a3) Prazo Médio de Cobrança – indica tempo médio de cobrança
PMC = 35 (2003) 44 (2002) 42 (2001)
Através dos índices de liquidez, observa-se que a empresa só está razoavelmente bem na liquidez corrente (1,23 do ativo para cada 1,00 do passivo). Mas não há maiores problemas, por se tratar de uma empresa que movimenta bilhões de reais, e que vem crescendo seu lucro a medida dos anos, tendo em vista que em 2001 deu um lucro (em milhões) de 464.006 e em 2003 de 1.137.216. Na análise econômica, o giro do ativo, que indica a produtividade financeira do capital investido, mostra que a empresa vem investindo a cada ano que passa; já a composição do endividamento demonstra que a empresa vem diminuindo suas dívidas a curto prazo. Já através da análise administrativa mostra a mensuração da duração de um "ciclo operacional", porém os prazos de recebimento, venda e de cobrança não são muito diferenciados em relação ao tempo entre eles.
5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES
A empresa Gerdau S/A é um grupo que fabrica aços longos comuns e que comercializa produtos siderúrgicos em geral. Pela análise feita, no período de 2001 a 2003, percebe-se que se trata de uma empresa solvente, ou seja, o termômetro da insolvência, para se saber se a empresa é viável ou não.
Sabe-se que a utilização de quocientes é o instrumento mais tradicional e também importante para se ter uma análise como um todo de balanços, porém não pode ser dita como o único fator. Quem faz a análise, deve procurar extrair o maior número de informações adicionais das demonstrações contábeis.
Enfim, conclui-se que a Gerdau S/A, através dos índices, é uma empresa solvente, que dá lucro, pois fabrica principalmente para o setor industrial, distribuindo para fabricantes de bens de consumo, como por exemplo: fábricas de carros e
eletrodomésticos, ou seja, um mercado certo que necessita de uma matéria prima básica: aço.
...
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços – um enfoque econômico-financeiro comércio e serviços, industriais, bancos comerciais e múltiplos. 7ª edição. São Paulo: Atlas, 2002.
BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO, disponível: www.bovespa.com.br
CERVO, A L.; BERVIAN, P. A Metodologia científica. 4. Ed. São Paulo: MAKRON, Books, 1996.
MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços – abordagem básica e gerencial. 6ª edição. São Paulo: Atlas, 2003.
MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis – Contabilidade Empresarial. 2ª edição. São Paulo: Atlas, 2002.
SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. 9ª edição. São Paulo: Martins Fontes, 1999

Artigos/ Notícias 02

O Comitê de Pronunciamentos Técnicos (CPC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) oferecem à Audiência Pública a presente Minuta de Pronunciamento Conceitual.
Pedimos que todos os interessados nas Demonstrações Contábeis, como os profissionais que as elaboram, auditam, analisam, decidem com base nelas, utilizem-nas para efeito regulatório, os professores, estudantes e outros dêem suas sugestões e façam seus comentários no sentido do seu aperfeiçoamento.
Este Pronunciamento inaugura a série sobre aspectos puramente Conceituais relativos à preparação e à apresentação das Demonstrações Contábeis e é o Básico. Pronunciamentos Complementares serão emitidos posteriormente. Para seguir com o processo de convergência rumo às Normas Internacionais de Contabilidade o CPC está adotando, como sua Estrutura Conceitual Básica, o “Framework for the Preparation and Presentation of Financial Statements” do International Accounting Standards Board (IASB).
No Brasil possuímos, atualmente, duas Estruturas Conceituais emitidas: uma, pelo IBRACON – Instituto Brasileiro de Auditores Independentes, transformada em ato próprio da CVM pela sua Deliberação CVM no. 29 em 1986, sob o título “Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade”; e a outra, emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) pela sua Resolução CFC nº. 750 em 1993, intitulada “Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC)”. A esta última se seguiram a Resolução CFC no. 774 de 1994, sob o título “Apêndice à Resolução Sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade”, detalhando um pouco mais a anterior, e a Resolução CFC no. 785, em 1995, “Das Características da Informação Contábil”.
Ao adotar agora essa Estrutura Básica do IASB, inaugura-se no Brasil uma forma de apresentação dos Conceitos fundamentais contábeis sob outra forma, mas na essência, com o mesmo conteúdo. Temos estado mais acostumados, por exemplo, à utilização da expressão “Princípios Fundamentais da Contabilidade”, existente em ambos os conjuntos normativos mencionados, numa substituição efetuada à expressão anglo-saxônica contida na nossa Lei das Sociedades por Ações (Lei nº. 6.404/76. art. 177) “princípios contábeis geralmente aceitos’. E a nossa cultura normativista parece ter-nos facilitado a aceitação da palavra “princípios”. Só que vivemos, com isso, com uma situação em que essa palavra, na língua inglesa, é utilizada com um sentido extremamente amplo, englobando conceito, norma (dos mais variados níveis) e prática não impositiva, mas entre nós, no Brasil, tende a ser utilizada num sentido extremamente restrito, apenas dentro do âmbito dos conceitos. O IASB não utiliza a palavra “princípios”, preferindo fixar, na seqüência (o que já é um Resumo do Pronunciamento):
os usuários das demonstrações contábeis e suas necessidades informativas
os objetivos das demonstrações contábeis
os pressupostos básicos:
regime de competência
continuidade
as características qualitativas das demonstrações contábeis
compreensibilidade
relevância
materialidade
confiabilidade
representação com propriedade
essência sobre a forma
neutralidade
prudência
integridade
comparabilidade
as limitações na relevância e na confiabilidade da informação
tempestividade
equilíbrio entre custo e benefício
equilíbrio entre as características qualitativas
visão/apresentação verdadeira e com propriedade (“true and fair view”)
os elementos das demonstrações contábeis
posição patrimonial e financeira
ativos
passivos
patrimônio líquido
desempenho (resultado)
receitas
despesas
ajustes de manutenção do capital
o reconhecimento dos elementos das demonstrações contábeis
probabilidade de futuros benefícios econômicos
confiabilidade da mensuração
reconhecimento de ativos
reconhecimento de passivos
reconhecimento de receitas
reconhecimento de despesas
a mensuração dos elementos das demonstrações contábeis
os conceitos de capital e de manutenção de capital
Vê-se que, por um lado, esta Estrutura é mais completa do que as que temos no Brasil, visto que inclui as definições e as condições primárias para reconhecimento de ativos, passivos, receitas e despesas, discute os conceitos de manutenção de capital monetário e de capital físico e outros. E segue uma linha seqüencial relativamente completa no que diz respeito à Teoria da Contabilidade aplicada ao processo normativo. Por outro lado, não possui uma discussão tão ampla quanto o da realização da receita e confrontação da despesa, ou seja, o da competência, como temos nos nossos documentos de hoje. Por esses motivos o CPC está constituindo grupos de trabalho para a próxima emissão de Pronunciamentos nessa linha Conceitual, procurando ampliar esse conjunto básico a servir de fundamento para a elaboração e a aplicação dos Pronunciamentos Técnicos.
Uma característica importante a se ter em mente na leitura desse documento é que ele é bastante amplo, de caráter bastante geral, não levando em conta situações específicas de escolha neste ou naquele país, neste ou naquele órgão regulador, nesta ou naquela empresa. Por exemplo, menciona os dois diferentes tipos de conceito de capital e de manutenção de capital para formação do lucro, o que leva à aceitação tanto do custo histórico/original como registro básico dos elementos patrimoniais, quanto o custo corrente. Admite valores nominais e valores corrigidos monetariamente.
E tem essa característica porque este é o Pronunciamento Básico, do qual derivarão Pronunciamentos mais específicos e voltados a uma situação específica, como a brasileira, a um setor em especial, como o de seguros, por exemplo, e assim por diante. O fundamental é que os Pronunciamentos Conceituais Complementares e, principalmente, que todos os Pronunciamentos Técnicos propriamente ditos estejam baseados e sejam derivados dessa Estrutura Conceitual Básica. A adoção de regras mais específicas, porém estando estas dentro das regras mais gerais admitidas por essa Estrutura, é totalmente viável; o que não poderá ocorrer é a adoção de regras específicas que contrariem esta Estrutura Básica.
Com isso, esta Estrutura Básica deve guiar a emissão dos Pronunciamentos Complementares, dos Pronunciamentos Técnicos, das Interpretações e das Orientações emanados deste CPC e devem guiar a interpretação por parte dos contabilistas, das empresas, dos auditores independentes e dos usuários das informações contábeis.
O CPC, na verdade, já considerou essa Estrutura na emissão das minutas até agora levadas à audiência pública ou mesmo ainda em fase interna de elaboração, e por isso não considera que haja qualquer conflito entre ela e esses outros documentos.
Colabore! E lembre-se: faça-o até 15 de outubro de 2007.
Para tanto, pedimos que utilizem o endereço eletrônico: cpc@cpc.org.br , ou mandem correspondência para SAS, Quadra 5, Bloco J, Edifício CFC, 10º andar, CEP 70070-900, Brasília-DF, fazendo referência à Audiência Pública nº. 3/2007.
Brasília, 15 de agosto de 2007.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS

Artigos/ Notícias 01


CVM edita deliberação sobre estrutura de demonstrações contábeis
Sex, 14 Mar, 01h49
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulga hoje a Deliberação nº 539/08 que aprova o Pronunciamento CPC sobre "Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis". Este pronunciamento estabelece as bases para a apresentação das informações contábeis necessárias aos investidores no processo de tomada de decisões envolvendo negociações com valores mobiliários.
A Deliberação nº 539/08 adota o conteúdo do documento original emitido pelo IASB (International Accounting Standards Board), Framework for the Preparation and Presentation of Financial Statements, o que representa mais um passo no processo de convergência contábil. Fica, então, a partir dessa publicação, revogada a Deliberação nº 29/86, que aprovou o pronunciamento do Ibracon "Estrutura Conceitual Básica de Contabilidade".
A "Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis" é a mais abrangente do conjunto de normas contábeis, diz a CVM em nota. Essa norma acrescenta categorias de conceitos gerais, como as características qualitativas da informação contábil, a definição, o reconhecimento e a mensuração dos ativos, passivos, receitas e despesas incluídos nas demonstrações financeiras, além dos diferentes conceitos de manutenção de capital que guiam a formação do resultado (capital financeiro ou capital físico, nominais ou atualizados monetariamente).
Apesar de a Deliberação nº 539/08 estar em linha com o padrão internacional e ser mais ampla, em certos aspectos, ela não abrange todo o conteúdo incluído na Deliberação nº 29/86 e nas normas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Assim, para complementar este conjunto de normas, a CVM e o CFC vão emitir novos pronunciamentos ao longo de 2008.
O conteúdo integral desse pronunciamento também se encontra disponível na página principal do CPC (www.cpc.org.br).
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